Em entrevista à Record News Paulo Ferro fala sobre como manter o controle emocional na pandemia.
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Tatiana Botta do canal Tati Talk entrevista Ronaldo Ramos.
Conheça o canal Tati Talk
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A vida digital nos poupa muito tempo e cada vez mais estamos mais assoberbados. Onde está este tempo?
É interessante resgatar algumas coisas do nosso cotidiano que existiam há bem pouco tempo como: office-boy, mensageiros internos, caneta tinteiro, telex, fax, máquina de escrever, cópia carbonada, mimeógrafo, correio interno, caixa de entrada e caixa de saída, duplicatas, borderôs e mais uma série enorme de atividades ou dispositivos que hoje já não fazem parte das nossas vidas corporativas ou até pessoais.
Praticamente tudo desapareceu como resultado da era digital, ela revolucionou nossas atividades e nossos hábitos no trabalho e até na vida pessoal.
Muitos destes itens, e outros não relacionados, tomavam um tempo enorme do nosso dia e pior em atividades muitas vezes pouco ligadas com a essência dos negócios, dos clientes e das nossas vidas.
Uma constatação no mínimo intrigante é que apesar de fazermos tudo mais rápido e com mais precisão nesta era digital, as pessoas estão mais assoberbadas e carregadas de trabalho do que antes.
A pergunta é: o que fazemos neste tempo que passou a sobrar?
Para você ter uma ideia, relacione que tipo de atividades você fazia antes e não faz mais, e observe para onde migrou o tempo que passou a “sobrar”. Este balanço é interessante para sabermos se o tempo que ficou disponível está sendo usado de maneira a agregar valor ao nosso trabalho ou não.
Ele pode também nos dar pistas do que pode ser abandonado, o que precisa ser agregado ou o que precisa ser ajustado e é claro o que tem que ser mantido.
Independente de um levantamento mais organizado podemos ter uma noção intuitiva de alguns destinos prováveis de para onde foi este nosso tempo.
Algumas possibilidades que pode ter nos levado a esta situação.
A verdade é que em muitos setores estas facilidades oferecidas pelo mundo digital desconcentrou as pessoas do verdadeiro foco do negócio e do cliente. Roubando aquele tempo que havia sido poupado.
Não se pode negar entretanto que vários aspectos do nosso cotidiano foi melhorado e facilitado, a pergunta é: o balanço é em nosso favor? Ou seja este tempo “roubado” está sendo retornado efetivamente em melhores processos? E principalmente em benefícios do nosso cliente?
Estes pontos pretendem ser, apenas um disparador de reflexões a respeito, muitos outros estão permeados em nossas atividades.
O que você acha? O que mais rouba o seu tempo? E onde eu deveria me preocupar em alocar este tempo que me “sobra hoje?
Paulo Henrique Ferro
*Mentor, Coach, Mediador Organizacional e Consultor em DO no CEOlab.
paulo.ferro@ceolab.net
Por Ricardo Fontes Santana*
Em ‘O Amor nos Tempos do Cólera’, Gabriel García Marquez trata das dificuldades que o amor encontra em resistir à distância e à falta de contato. Com o tempo, ele abranda, esvaece e até parece morrer. Paro por aqui para evitar spoilers, mas caio na tentação de usar um dos melhores livros de todos os tempos como inspiração para o atual momento vivido pela humanidade, com foco nos desafios dos atuais líderes empresariais. Se você ainda não leu o livro, sugiro aproveitar o tempo ocioso forçado longe dos shopping centers, dos campos de futebol e de qualquer outra aglomeração de sua preferência.
Ser líder em uma situação como essa é sem dúvidas um desafio sem precedentes. Não se aprende nas melhores escolas de administração a lidar com os impactos de uma doença que se transforma em pandemia mundial em menos de três meses. Um flagelo que ataca o princípio básico da evolução humana: foi através do contato, da interação e da troca de informações que evoluímos como civilização. Hoje precisamos reaprender e nos adaptar com velocidade a uma nova realidade, onde a distância física não pode ser empecilho aos nossos negócios e à nossa vida em comunidade. Listo abaixo alguns aspectos para reflexão:
O isolamento é fundamental para o curto-prazo. É o mecanismo mais eficaz para conter a velocidade de propagação do vírus. Os líderes precisam encontrar maneiras de reconectar as pessoas apesar da distância, tendo como base os valores e princípios básicos de cada empresa. Por que não dizer também os valores básicos da humanidade e o seu princípio básico da perpetuidade? Uma empresa em que os funcionários estejam conectados por valores comuns, e através de uma liderança construtiva, tende a superar qualquer desafio, mesmo o coronavírus ou até mesmo o cólera.
P.S.: Não esqueçam da vacinação de Sarampo e das medidas básicas de prevenção contra o Mosquito da Dengue!
Ricardo Fontes Santana
*Head of Finance – South32