Ao assistir pela primeira vez o filme “Conto de Primavera”…
…de Eric Rohmer, parte de sua obra “Contos das Quatro Estações”, esperava ouvir desde logo a obra de A. L. Vivaldi “Primavera”, parte das “Quatro Estações”…
…A surpresa que estava reservada para mim é que a peça de abertura do filme era a Sonata #5 em Fá Maior para violino e piano, de L. Beethoven…
…e que em seguida obras de Schumman (Les Chants de l´aube e Etudes symphoniques…) comporiam a belíssima trilha sonora de um filme que nos leva através de cativantes diálogos de conteúdo filosófico com personagens reais e cheios de inquietações na alma e na razão.
A questão que imediatamente veio a mim foi simples e complexa ao mesmo tempo – como referências culturais rígidas podem nos levar a criar expectativas tão distantes da realidade?… Através da arrogante posição de “achar que sei” o que seria a resposta de uma cultura estrangeira a um determinado tema ou situação, fiquei preparado para ouvir uma música que simplesmente não havia sido incluída no contexto de uma obra cinematográfica…
Ainda encantado pela beleza, simplicidade e profundidade do filme, e pelas angústias vividas por seus personagens cada vez que se encontravam em encruzilhadas nas suas jornadas de vida, lembrei-me que na vida empresarial frequentemente tenho a mesma reflexão – diferentes culturas que interagem entre si na linha de comando de multinacionais podem fazer com que seus executivos nutram expectativas a respeito do comportamento de seus colegas de outras nações e se deparem com respostas surpreendentes e inesperadas a estímulos idênticos, que podem produzir resultados questionáveis para os objetivos maiores de uma organização.
Neste caso, Sócrates nos ajuda muito na reflexão “Só sei que nada sei”.
Analogia sensacional!
Obrigado Danilo! Um prazer fazer parte do seu time! Abraços, CEOlab.