por Ronaldo Ramos | 15 de janeiro de 2014 | Diversidade
Em continuidade ao “post” anterior…
Acabei de descobrir que a Sonata #5 em Fá Maior de Beethoven também é conhecida como Sonata Primavera! Vou pesquisar e escrever a respeito em breve…
O campo da ignorância é de uma vastidão inimaginável! (Pelo menos no meu caso…)
Quem saberia dizer quantas outras obras-primas foram escritas tendo a Primavera como inspiração…Que poderiam ter sido usadas por Rohmer em seu filme…
Quem ao certo pode dizer de quantas maneiras diferentes uma mesma tarefa pode ser desempenhada com eficiência e resultado?…E como encontrar formas de reconhecer o desvio de avaliação provocado pela visão parcial de um tema, compartilhar as descobertas e aprendizados com colegas de trabalho para, em conjunto, criar uma organização que aprende à medida que se desenvolve e se prepara para o desafio da constante mudança?
Adaptar as necessidades de uma organização a diferentes culturas de forma a permitir a liberdade necessária para que cada ambiente produza a sua resposta ótima às demandas nos vários campos é um grande desafio, que deve estar constantemente sendo perseguido por empresas que tenham a sustentabilidade como objetivo maior.
Como delegar a decisão por estes modelos adaptados à cultura local e garantir que a cultura predominante da empresa não se sinta ameaçada ou traída?
Voltarei a cada um destes temas em breve, espero…
por Ronaldo Ramos | 15 de janeiro de 2014 | Diversidade
Ao assistir pela primeira vez o filme “Conto de Primavera”…
…de Eric Rohmer, parte de sua obra “Contos das Quatro Estações”, esperava ouvir desde logo a obra de A. L. Vivaldi “Primavera”, parte das “Quatro Estações”…
…A surpresa que estava reservada para mim é que a peça de abertura do filme era a Sonata #5 em Fá Maior para violino e piano, de L. Beethoven…
…e que em seguida obras de Schumman (Les Chants de l´aube e Etudes symphoniques…) comporiam a belíssima trilha sonora de um filme que nos leva através de cativantes diálogos de conteúdo filosófico com personagens reais e cheios de inquietações na alma e na razão.
A questão que imediatamente veio a mim foi simples e complexa ao mesmo tempo – como referências culturais rígidas podem nos levar a criar expectativas tão distantes da realidade?… Através da arrogante posição de “achar que sei” o que seria a resposta de uma cultura estrangeira a um determinado tema ou situação, fiquei preparado para ouvir uma música que simplesmente não havia sido incluída no contexto de uma obra cinematográfica…
Ainda encantado pela beleza, simplicidade e profundidade do filme, e pelas angústias vividas por seus personagens cada vez que se encontravam em encruzilhadas nas suas jornadas de vida, lembrei-me que na vida empresarial frequentemente tenho a mesma reflexão – diferentes culturas que interagem entre si na linha de comando de multinacionais podem fazer com que seus executivos nutram expectativas a respeito do comportamento de seus colegas de outras nações e se deparem com respostas surpreendentes e inesperadas a estímulos idênticos, que podem produzir resultados questionáveis para os objetivos maiores de uma organização.
Neste caso, Sócrates nos ajuda muito na reflexão “Só sei que nada sei”.