Conselheiro consultivo como opção de amadurecimento empresarial

. Conselheiros consultivos atuando como mentores de gestores e sócios podem apoiar um processo adequado de transição para uma governança corporativa mais rigorosa.
. Podem promover caminhos de transmissão de poder entre gerações, onde o sócio controla a velocidade da transição.
. Há diversas formas de recrutamento de conselheiros, mas é importante que o conselho seja planejado e modelado em termos das habilidades, forma de trabalho e objetivos.
. As principais categorias de habilidades, na minha opinião, são:
1. conselheiro consultivo generalista
2. mentor de sócios, que simula o comportamento de um sócio sem o vínculo emocional com o negócio.
3. mentor de executivo, mais voltado para o rigor e a disciplina na execução.
4. independência para fazer recomendações que podem ou não ser aceitas e implementadas.
5. capacidade de entender o negócio em seus elementos principais e aprofundar-se no conhecimento, independente de seu “glamour”.
6. capacidade de trabalhar “sem manual de instruções”.

Autoridade formal ou pessoal?

Com frequência ouvimos queixas de profissionais bem capacitados, sobre a distancia que existe entre a atual responsabilidade que percebem ter ou pelas quais são cobrados no desempenho de suas funções e a autoridade formal que lhes é conferida pela organização.
Costumo então abordar a questão de que de fato a autoridade formal é apenas uma das formas de autoridade dentro da organização, e que não devemos subavaliar a força da autoridade informal, exercida normalmente através das redes de relacionamento pessoal.
A grande chave do exercício desta autoridade informal é a capacidade de influenciar crenças, linhas de pensamento e decisões, provocando questionamentos sobre ações de outros grupos, ou mesmo de superiores hierárquicos, exercida por meio de reconhecida credibilidade pessoal, seja técnica, emocional, estratégica, ou mesmo de facilitar a convergência, formando alianças baseadas na confiança mútua.
Isso leva tempo e requer abertura e humildade.Foto de Ronaldo Ramos

Não se iluda…Você já ocupa uma posição de liderança

Não adianta se esconder. Se você tem uma empresa, ou mesmo se é responsável por um setor dentro de uma empresa, e pessoas trabalham pra você, ou com você…

Você já exerce uma posição de liderança e já é observado(a) e copiado(a) no menor de seus atos e comportamentos-padrão.
Qualquer que seja seu estilo, ele certamente tem vantagens e desvantagens e irá impactar as pessoas e o resultado do trabalho delas.
Pense nisso da próxima vez que disser a alguém que prefere trabalhar em um ambiente onde todos são iguais na hierarquia, no processo de tomada de decisão, nas responsabilidades, e na contribuição.
Diversidade, liderança, feed-back, planejamento e controle estarão sempre presentes.

 

Conflitos e gente boa

Foto de Ronaldo RamosE um dia você se encontra comentando com um colega de trabalho sobre outro colega em comum:
– Não consigo confiar nele, pois toda vez que acordamos algo ele acaba fazendo o que queria, sem cumprir a sua parte do acordo.
– E o outro comenta que tem o mesmo problema.

Esta situação, mais comum do que parece ser, geralmente envolve uma dificuldade de lidar com a divergência em assuntos profissionais, quase um medo de explodir em público e prejudicar a imagem pessoal, apesar de ser necessária para que um time cresça e atinja um alto grau de efetividade.

Quando evitamos o conflito, ou evitamos dizer “não” ao outro, quase sempre desencadeamos processos de redução da confiança mútua e de animosidade escondida muitas vezes com fria cortesia.

Algumas dicas rápidas podem ser muito efetivas:

1. Tente dizer “ouvi o que você disse e concordo nos seguintes aspectos….além disso, gostaria de acrescentar também a necessidade de responder às seguintes questões…”

2. Em vez de dizer “isto não vai funcionar”…que tal tentar “entendo que este possa ser um dos passos que devamos considerar, e que também precisamos lidar com os seguintes aspectos…”

3. Em situações onde você se sinta acuado com novas prioridades, quase impostas, em vez de dizer “impossivel, nem daqui a um mês”, que tal iniciar uma conversa do tipo “no momento tenho prioridades que estão consumindo todos os recursos que tenho disponíveis, e pelo que você me diz agora talvez seja um bom momento de revermos as prioridades ou adicionarmos novos recursos?

4. pedir ajuda simplesmente, explicando que seu conhecimento ou seus recursos o impedem de concordar com uma determinada decisão.

Vamos experimentar?