Como anda a saúde mental das organizações?
Três especialistas analisam como as empresas estão gerindo o capital emocional de seus colaboradores durante a pandemia.
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Assista a live completa neste link: https://www.youtube.com/watch?v=c_5iAVa5O4E
Três especialistas analisam como as empresas estão gerindo o capital emocional de seus colaboradores durante a pandemia.
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Em entrevista à Record News Paulo Ferro fala sobre como manter o controle emocional na pandemia.
https://www.youtube.com/watch?v=c_5iAVa5O4E
Em entrevista à Record News Ronaldo Ramos, fundador do CEOlab, fala sobre adaptabilidade e diversos outros conselhos para gestores de empresas durante a pandemia.
Tatiana Botta do canal Tati Talk entrevista Paulo Ferro.
Conheça o canal Tati Talk
http://youtube.com/c/bottatatianatalk
Por Paulo Grise*
Toda a conversa sobre o futuro pós pandemia é só um conjunto de possibilidades. Ninguém tem certeza de nada e mesmo aquilo que parece que vai ser, talvez não seja.
O único futuro assegurado, certo, será aquele que resultar das suas escolhas pessoais.
Aquilo que resultar da sua reflexão e se tornar uma decisão de vida vai acontecer.
Você resolveu, durante a pandemia que vai dedicar mais tempo a estar com as pessoas queridas. Isso pode ser um futuro certo, se você aplicar essa resolução à sua vida.
Assim, tem um futuro que você conhece, que é o futuro que vai resultar das suas decisões e ações.
Agora, imagine que, da mesma forma que você, outras pessoas também estejam refletindo sobre a vida e estejam fazendo novas escolhas relativas ao consumo, ao estilo de vida, às relações pessoais e profissionais. Pense que você pode discutir isso com elas, influenciar e ser influenciado por essas escolhas delas. Esse é mais um futuro certo se formando.
Essas pessoas podem estar na sua família, nas suas relações pessoais, no seu trabalho. No seu trabalho!!!
Vamos discutir o futuro no e do trabalho? Vamos olhar o planejamento como essa possibilidade de fazer escolhas novas e de reafirmar coisas boas que já estão sendo feitas?
Se essas conversas acontecerem, o futuro será aquilo que pudermos desenhar em colaboração com as pessoas próximas. A soma dos vários desenhos feitos.
Se essas conversas não acontecerem, o futuro será aquilo que já conhecíamos e que nos colocou numa pandemia. Já sabemos: teremos outras crises e outras pandemias e ameaças climáticas, sociais, políticas, econômicas que já estão se formando aí para os próximos 30, 20, 10 anos, amanhã.
O que nos preocupa em relação ao futuro? Imaginar que os outros não vão mudar de comportamento e que as ameaças se concretizarão?
O que me preocupa é que cada indivíduo não seja capaz de aproveitar esta maravilhosa oportunidade de repensar a vida e de fazer o seu próprio futuro diferente e melhor.
Paulo Grise
*Senior Business Consultant
“Gestão por Silo” versus “Gestão a serviço do Todo”
Silo X Whole
A administração nos últimos 100 anos tem sido profundamente influenciada pelo Taylorismo, que é alicerçado em conceitos científicos, cartesianos que separam mente e corpo e que na essência tem uma proposta de aumento de output e redução de custo. É visível o salto de desenvolvimento no que tange a ganhos de produtividade e eficiência que isto trouxe.
Entretanto a partir dos anos 80 este sistema começou a dar sinais de esgotamento, com a rapidez na difusão destas técnicas a competição ficou fortemente ancorada no preço, na redução de margens a na comoditização dos produtos e serviços. A partir destes sinais começou a ficar claro que uma Empresa de sucesso, sustentável no tempo deveria estar preparada para produzir bens e serviços além de diferenciados “singulares” únicos e acima de tudo que oferecessem um conceito inserido uma experiência e não apenas uma simples ideia materializada. Além disto, vendendo a setores também “singulares” do mercado que demandem algo além do que é perceptível, um “Valor”, não apenas o monetário, uma “Experiência”. Poderíamos chamar este movimento de “descomoditização” dos bens e produtos e dos mercados.
Hoje já na segunda década do século XXI este movimento já é uma realidade e podemos perceber o abismo que há entre estas duas propostas em termos práticos.
Emprestando os valiosos pensamentos de Zygmunt Bauman, esta mudança está muito alinhada ao conceito que ele desenvolveu da “modernidade líquida”. Os líquidos vão aonde querem e ocupam os espaços, tudo virá com uma dificuldade e complexidade apreciável, para ser entendido e ser contido em formas e modelos mais definidos e controláveis. Bem diferente da até então “realidade sólida” compacta mais fácil de ser entendida contida e controlada em seus limites.
Na busca de um novo modelo para tomar o lugar desta realidade do passado, adepta e caracterizada pela “Administração por Silo”, várias vertentes de um novo modelo estão emergindo nos últimos anos e que podemos chamar da “Gestão a serviço do todo”. Uma abordagem significativamente diferente, demandando órgãos de percepção do mundo e das individualidades muito mais apurados, se comparada com o que tínhamos antes.
Assim como nos sólidos os átomos estão próximos e por esta proximidade transformam o todo em algo rígido, forte, previsível e nada flexível, no liquido seus átomos estão mais distante tornando a ligação entre eles mais tênue dando características fluidas e mutáveis, ao todo.
Na administração por Silo todas as funções do negocio ficam contidas em áreas estanques que tem como missão primordial maximizar aquela função, conhece-la em profundidade a ponto de alcançar a excelência. A esta altura já cabe uma pergunta: a maximização das partes nos leva a maximização do todo?
Em uma organização nos tempos atuais temos uma questão, estas áreas, ou Silos se preferirem, têm que se comunicar em vários sentidos, intensa e rapidamente uma vez que estamos passando a atuar em redes. Assim como em um simples sistemas de caixas d’água, a física e a natureza trata de que o nível da agua delas seja igual, se transportamos esta imagem para organização, considerando que este nível representa o potencial da organização em produzir resultados, estaria ele em sua plenitude? Podemos eleva-lo? Ou se o elevarmos uma das caixas transbordará ?
A modernidade liquida sugere uma organização que flui, ágil, em conexão com o todo. Tomemos aqui o nosso corpo como arquétipo, as relações entre nossos órgãos são intensas, continuas e o nível de intensidade que os órgãos trabalham são ajustados à demanda quase instantaneamente, e quando um órgão está em crise os demais, em maior ou menor intensidade saem em socorro (em uma ação colaborativa e não competitiva). O coração envia mais sangue para este órgão, o corpo como um todo reage de maneira articulada e orquestrada produzindo febre para apoiar o órgão em problemas. Não existe a possibilidade do nosso corpo ter febre só nos pés, não é verdade? Mas nas organizações é comum ouvirmos; temos problemas na área de vendas, vamos tratar de resolvê-lo com modificando a estrutura de vendas, demitindo ou contratando, talvez esta seja a “dipirona” que talvez faça passar a febre, mas não endereça a causa. Existe um dito leigo sob ponto de vista da biologia que diz; todos os órgãos que temos dois (ex. rins, pulmão) trabalha próximo da capacidade máxima, entretanto aqueles que são únicos (ex. coração, fígado, pâncreas) trabalham bem abaixo da capacidade máxima, verdade ou não, faz sentido, nosso organismo se preocupa com o todo e aí voltamos a pergunta será que “maximizando as partes maximizamos o todo?
Um dos aspectos significante do sistema da “Gestão a serviço do Todo” é que as métricas genéricas, não mais dominam o painel de gestão. É claro que aquelas ligadas aos aspectos financeiros continuam sendo fundamentais para a condução dos negócios. Entretanto as métricas de maneira geral não estarão mais a serviço das tomadas de decisão de maneira direta. Precisamos de um “set” complementar de indicadores para compreendermos melhor nossa organização e nosso negocio.
Elas deverão cumprir um papel adicional e de natureza bem diferente, o de decodificar as sutilezas que permeiam o negocio nas suas dimensões mais sutis tais como: a Identidade, o proposito, os valores e como e o que na essência faz o empreendimento ser único no papel de oferecer e entregar uma experiência única ao cliente, de conter um conceito “desejado” pelo mercado, de medir nosso conhecimento e nossas competências, tudo isto estará a serviço dos resultados medidos tradicionalmente por: margens, EBITDA, ROI, EVA etc. A tabela abaixo apresenta alguns dos Drivers essenciais dos negócios, nas duas vertentes e dá uma ideia do salto que os modelos mentais terão que dar para fazer frente a esta mudança e enfrentar a “modernidade liquida”.
Urge entender que este processo de mudança está nos tomando de assalto, às vezes sem que percebamos. Urge que Lideres, Boards e Organizações como um todo se apercebam desta mudança e se preparem. Urge que “afinemos” nossos órgãos de percepção do mundo dos negócios, para sermos capazes de dar as repostas corretas às demandas que estarão chegando e de criar o novo, que nem o próprio mercado conhece ou espera. Esta mudança só será possível a partir da mudança dos modelos mentais dos principais protagonistas envolvidos.
Não seria esta uma agenda de Governança para as empresas se prepararem para este futuro que já se encontra em nossa sala de visita?
Paulo H Ferro
*Mentor, Coach, Mediador Organizacional e Consultor em DO no CEOlab.
paulo.ferro@ceolab.net
Tatiana Botta do canal Tati Talk entrevista Ronaldo Ramos.
Conheça o canal Tati Talk
http://youtube.com/c/bottatatianatalk
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Por Paulo Grise*
Essa quarentena tem feito as pessoas pensarem na vida. Muitas com quem conversei falaram sobre a percepção de uma fortíssima interdependência de todas as pessoas, empresas, nações para a existência do ser humano.
Concordo fortemente. O mais básico que você precisa para viver não chega até você sem a participação de milhares de pessoas. Tudo que você tem, usa, come foi feito por alguém, por muitas pessoas, por alguma empresa, por muitas empresas, você não fez sozinho. Ninguém consegue viver sozinho.
Uma pessoa depende de outras, muitas outras, milhares de outras que nunca nem imaginará como impactam sua vida.
Uma empresa depende de outras, muitas outras, milhares de outras que nunca nem imaginará como impactam seu resultado.
Ao longo dos últimos anos, tenho falado muito com as pessoas e especialmente com as pessoas na liderança das empresas sobre interdependência.
Se você ainda não tinha atentado para isso, pense na dimensão dessas interdependências para você e sua família morarem bem, por exemplo. Costumo usar um desenho de uma xícara de café para mostrar que ali, da matéria prima natural até o prazer de tomar e compartilhar um café com uma pessoa querida, já aconteceu mineração, siderurgia, cerâmica, agricultura de café e de cana de açúcar, distribuição de água, gás ou eletricidade, fogão, transporte, distribuição, varejo.
Isso é interdependência. A falha de um desses elementos desse sistema complexo pode impedir o seu café ou pode impedir sua família de morar bem ou sua empresa de entregar o produto ou serviço que oferece aos clientes.
Interdependência e competição não combinam. Como é possível competir com alguém de quem dependo?
O desenho predominante da estratégia empresarial adota pressupostos da competição externa e interna. Michael Porter, quando escreveu Estratégia Competitiva na década de 1980, colocava fornecedores e clientes como potenciais concorrentes e sugeria criar barreiras para impedi-los de tentar avançar sobre a empresa. Até hoje ele é citado, usado como referência e esse modo de pensar continua fazendo mal ao ambiente empresarial.
Fornecedores são colaboradores na construção do valor da oferta.
Clientes são integradores, materializadores, realizadores ou utilizadores do valor da oferta construída por quem veio antes no sistema. Os clientes dão finalidade ao valor que foi sendo construído desde a matéria prima natural.
Interdependência recomenda colaboração, cooperação. Todo o desenho estratégico precisa reconhecer as interdependências e construir as redes e alianças de cooperação para o progresso da empresa e da sociedade.
Paulo Grise
*Senior Business Consultant
Por Valesca Elisa Michelon*
A compra de ativos em leilão na maioria dos casos tem se mostrado um excelente negócio e oportunidade de comprar tanto móveis quanto imóveis em bom estado e com ótima lucratividade.
Nos casos de imóveis, alguns ativos podem ser adquiridos com até 50% de desconto do valor de mercado ou até menos, dependendo do caso. É tudo uma questão de urgência, análise, e disponibilidade de valores para pesquisar as oportunidades.
Em geral todo leilão acontece porque uma dívida liquida e certa não foi paga espontaneamente a um credor, e o bem penhorado será alienado, criando oportunidade de negócio. Todavia, é preciso cautela na aquisição. Dentre muitos motivos, destacamos que geralmente aquele que deve, deve para mais de um credor, e leilão que inicialmente parecia ser um bom negócio, pode tornar-se um péssimo negócio se toda a documentação que acompanha o bem não for a analisada. Isso tudo, poderá trazer muita dor de cabeça para o comprador, dispendendo tempo e dinheiro para solucionar o problema e, em outros casos, até perder o valor investido.
A arrematação com segurança requer uma análise profunda do histórico do ativo e de toda documentação que acompanha o bem. É sempre aconselhável que essa análise seja feita com assessoria de um advogado ou escritório de advocacia com experiência na área.
Ao contrário do que muitos pensam, o pagamento no seguimento de leilões, não necessariamente tem que ser à vista, havendo a possibilidade de parcelamento, conforme descrição do edital e a circunstância em que o leilão ocorrerá.
Trata-se de uma excelente oportunidade, de investimento tanto para pessoa física quanto para as empresas que necessitam de investimentos, para expandir seus negócios, entretanto, análise e cuidados devem ser tomados para não cair em erro.
Valesca Elisa Michelon
*Advogada do escritório Schwerz Zucker e Cahale
A vida digital nos poupa muito tempo e cada vez mais estamos mais assoberbados. Onde está este tempo?
É interessante resgatar algumas coisas do nosso cotidiano que existiam há bem pouco tempo como: office-boy, mensageiros internos, caneta tinteiro, telex, fax, máquina de escrever, cópia carbonada, mimeógrafo, correio interno, caixa de entrada e caixa de saída, duplicatas, borderôs e mais uma série enorme de atividades ou dispositivos que hoje já não fazem parte das nossas vidas corporativas ou até pessoais.
Praticamente tudo desapareceu como resultado da era digital, ela revolucionou nossas atividades e nossos hábitos no trabalho e até na vida pessoal.
Muitos destes itens, e outros não relacionados, tomavam um tempo enorme do nosso dia e pior em atividades muitas vezes pouco ligadas com a essência dos negócios, dos clientes e das nossas vidas.
Uma constatação no mínimo intrigante é que apesar de fazermos tudo mais rápido e com mais precisão nesta era digital, as pessoas estão mais assoberbadas e carregadas de trabalho do que antes.
A pergunta é: o que fazemos neste tempo que passou a sobrar?
Para você ter uma ideia, relacione que tipo de atividades você fazia antes e não faz mais, e observe para onde migrou o tempo que passou a “sobrar”. Este balanço é interessante para sabermos se o tempo que ficou disponível está sendo usado de maneira a agregar valor ao nosso trabalho ou não.
Ele pode também nos dar pistas do que pode ser abandonado, o que precisa ser agregado ou o que precisa ser ajustado e é claro o que tem que ser mantido.
Independente de um levantamento mais organizado podemos ter uma noção intuitiva de alguns destinos prováveis de para onde foi este nosso tempo.
Algumas possibilidades que pode ter nos levado a esta situação.
A verdade é que em muitos setores estas facilidades oferecidas pelo mundo digital desconcentrou as pessoas do verdadeiro foco do negócio e do cliente. Roubando aquele tempo que havia sido poupado.
Não se pode negar entretanto que vários aspectos do nosso cotidiano foi melhorado e facilitado, a pergunta é: o balanço é em nosso favor? Ou seja este tempo “roubado” está sendo retornado efetivamente em melhores processos? E principalmente em benefícios do nosso cliente?
Estes pontos pretendem ser, apenas um disparador de reflexões a respeito, muitos outros estão permeados em nossas atividades.
O que você acha? O que mais rouba o seu tempo? E onde eu deveria me preocupar em alocar este tempo que me “sobra hoje?
Paulo Henrique Ferro
*Mentor, Coach, Mediador Organizacional e Consultor em DO no CEOlab.
paulo.ferro@ceolab.net